Avante, Vingadores!

Acabei de ver o filme dos Vingadores. Tenho apenas quatro palavras:

FAN.TÁS.TI.CO.

O filme certamente ganha nota 5 na minha escala de resenha de filmes de super-heróis, se bem que tô pensando em criar uma categoria de honra só para destacar os Vingadores.

Não perca! Vale  apena ver na telona, mas não precisa gastar mais pelo 3D — a versão 2D é excelente e já me disseram que o 3D não acrescenta nada.

Micro-resenha de filmes baseados em HQs de super-heróis

Estava conversando com amigos sobre adaptações cinematográficas de super-heróis, com cada um falando dos que gostava. Por causa disso, acabei fazendo um sisteminha de resenha para poder quantificar quanto eu gostei de cada filme. Funciona assim: para cada um dos cinco quesitos abaixo em que o filme tem sucesso, ele ganha 1 ponto, para um total de 0-5. Obviamente, para uma melhor compreensão, teria-se que especificar quais quesitos pontuaram, mas isso dá trabalho, então só vou por os totais. A única explicação que dou é sobre os Batmans do Nolan.
Quesitos:

  • captura a essência e os principais detalhes do personagem na versão cinematográfica
  • diverte
  • boa história
  • tecnicamente bom (nao sou profissional de cinema, quando me refiro à técnica, quero dizer o básico, o que um espectador frequente aprende a reconhecer, como valores de produção)
  • abstrato (se houve algo que te irritou por algum motivo que não esteja coberto nos outros quesitos, valor 0; senao, 1)

E aqui está a pontuação que dou para os diversos filmes baseados em HQs de super-heróis:

5 – Batman 1 do Tim Burton, Homem-Aranha 1, X-Men 1 & 2, Hellboy, Capitão América, Homem de Ferro 1, Super-Homem (com Christopher Reeves)
4 – Batman 2 do Tim Burton, Homem-Aranha 2, Homem de Ferro 2, Hulk 1 & 1a
3,5 – Hellboy 2, X-Men-First Class, Wolverine, Thor (ora acho esses filmes 4, ora 3, entao resolvi po-los aqui)
3 – Quarteto Fantastico 1 & 2
2 – X-Men 3
1 – Batman do Nolan 1 & 2*, Watchmen
0 – Motoqueiro Fantasma, Demolidor, Batman 3 & 4, Superman Returns

* Só para explicar: não reconheço o Batman atual nos filmes do Nolan. Tudo bem, o Batman mudou muito ao longo dos 70 anos de sua história, mas a versão com a qual eu cresci e que, mal ou bem, é a base da representação atual tem certas características que eu não vejo na versão do Nolan. Além disso, os filmes são esquizofrênicos — querem fazer um Batman gritty, realista, mas mantêm elementos quase sobrenaturais do herói, que ficam ridículos com todo esse “realismo”, como ele ficar posando em cima de uma gárgula ou aparecer dentro de um cofre de banco ultrailuminado e cheio de gente sem ninguém ver. Acho que o segundo filme, que mais pareceu ‘007 – Os criminosos são superticiosos’, seria um ótimo filme sobre a polícia e a política de Gotham, a la Gotham Knights, porque aquele Batman me pareceu supérfluo. Eu teria dado zero pros dois filmes, mas tenho que reconhecer que a produção é boa.
E o mais importante: o Batmóvel da versão do Burton dá de mil a zero no Tumbler! :]

Para ver um Batman fiel ao personagem e feito com relativamente pouco orçamento (US$ 30 mil), veja Batman: Dead End (aqui com legendas em português).

Em um futuro post, faço uma tabela mostrando em que quesitos os filmes pontuaram. Sinta-se livre para usar e divulgar esse sistema de resenha. Estou interessado também em saber como outras pessoas classificam os filmes nesse sistema.

Ao sabor do vento navegante

Minha mulher, Sandra, participou da oficina do Festival Internacional de Cinema de Arquivo (Recine) de 2011 e junto com Alexandre Boudoux, outro participante, escreveu, produziu e dirigiu o curta Ao sabor do vento navegante. O filme aborda o tema do Recine — “Onde está a Itália no Rio de Janeiro?” — sob o ponto de vista dos jornaleiros, uma das profissões nas quais os imigrantes italianos se estabeleceram na cidade. Abaixo, você confere o curta, cortesia do Programa Conexão.

A rima do solitário

No meu segundo post aqui no Retalhos, falei de uma poesia minha, Rhyme of the Lonely One, que havia servido de base para um concurso da Rádio Cidade no qual fiquei entre os dez primeiros. A ideia era mandar um resumo de um conceito para filme. Fuçando nos meus arquivos velhos, achei o texto que enviei para a rádio (além da entrevista do último post). Aqui vai ele.

Dois homens, Homem 1 e Homem 2, estão numa taverna medieval. O Homem 1, que acabou de ser rejeitado pela mulher que amava, está se queixando de que jamais amará novamente, que o amor não existe e coisas do gênero. O Homem 2, mais velho, sorri e pergunta se o primeiro conhece a “Rima do Solitário,” este nega. O Homem 2 explica que é um poema que conta a história de um homem amaldiçoado por uma bruxa a nunca encontrar o amor. Ele então recita a primeira estrofe e a cena muda para um ambiente medieval, mais mítico do que histórico, onde ocorre a cena da maldição. A partir daí, a voz do Homem 2, em off, recita as estrofes seguintes e a cena acompanha os fatos ilustrados por elas: o Solitário à procura do amor por terras distantes e estranhas. Finalmente, após vários anos de procura e já conformado com o seu destino miserável, o Solitário encontra a mulher da sua vida. Só que ela também foi amaldiçoada por um bruxo a repelir todo amor e, por causa disso, todos a veem como uma espécie de monstro mitológico, exceto o Solitário. Grande parte do filme se concentra nas tentativas do Solitário em quebrar a maldição de sua amada. Mas, para isso, ele tem que enfrentar o bruxo, o povo da cidade onde ela vive e a própria amada, que, apesar de amá-lo, tem medo de magoá-lo. Ele também conhece outros personagens interessantes. Entre eles, um velho andarilho que serve como mentor e companheiro na aventura, e cujo senso de humor é mais desenvolvido que o do Solitário. Tudo relacionado à natureza do amor e dos relacionamentos. A narração em off continua ao longo do filme, pois o poema cobre a história toda; podendo, inclusive, haver comentários e discussões, humorísticos ou não, entre o narrador e o ouvinte. O clímax é atingido com o confronto entre o Solitário, o bruxo e a amada e há um combate, mais de convicções do que físico. Final feliz. Para concluir o filme, a cena retorna para a taverna, onde um cativado Homem 1 reavalia, com auxílio do Homem 2, suas experiências em relação à história e tem seu moral elevado dramaticamente. E o Homem 2 pode revelar ao público que é, na verdade, o Solitário.

Missão cumprida

A propagação da espécie é um imperativo de todos os seres vivos na Terra. Mas ela não precisa ficar restrita ao nível biológico — grupos culturais também podem ter o desejo de continuação. Como sou nerd, nada mais natural do que querer que os meus descendentes também o sejam. ;] Como ainda não reproduzi, a coisa mais próxima que tenho é o meu sobrinho, Luca. E no quesito ‘nerdificação da próxima geração’ posso dizer ‘missão cumprida’! :] Após transformar o Homem-Aranha em um dos super-heróis favoritos dele (com ajuda da mídia, obviamente), parti para outra etapa: Guerra nas Estrelas. O Luca é esse youngling Jedi aí embaixo.

Luca Skywalker
Luca Skywalker

Ele bem que honrou o nome da ordem….

Mas como vocês podem ver na foto abaixo, acabou cedendo ao Lado Negro da Força (para infelicidade do fantasma do Qui-Gon Jinn, no fundo). Fazer o quê? Próxima parada: Jornada nas Estrelas (mas não a do J.J. Abrams ;])

Venha para o Lado Negro da Força
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